terça-feira, 17 de maio de 2011

"Ensino Médio"


No Gama, mil estudantes nas ruas exigem melhores condições nas escolas

No dia 06 de maio de 2011 aconteceu um ato chamado pela comissão Pró-UMES do Gama-DF que teve a presença dos Grêmios do CEF 02, CG e CEM 02, oposição do Grêmio do CEM 03, comissão pró-grêmio do CED 06 e CEF 01. A manifestação contou com a presença de 1000 estudantes gritando palavras de ordem e mostrando suas indignações.

Os estudantes saíram de suas escolas, se encontraram na Administração da cidade e foram para DRE (Diretoria Regional de Ensino). Foi formada uma comissão de três representantes de cada escola para falar com o diretor da DRE, José Antônio.
Os estudantes relataram os problemas de suas escolas e entregaram uma carta dos estudantes do Gama onde exigem que suas reivindicações fossem atendidas urgentemente!  O diretor José Antônio disse que estava ciente dos problemas e já está tomando providências para que sejam resolvidos, mas com 100 dias de governo, não houve melhorias nas escolas e não vimos o governo tratando a educação como prioridade, como prometeu que seria. 
Os estudantes estabeleceram um prazo, dia 6 de junho, para qua as reivindicações mais urgenciais sejam atendidas: reconstrução do muro do CEM 01, reforma no banheiro masculino do CEF 02, acesso á quadra no CEM 03, reparação de ventiladores e a chamada de professores.
O Diretor da DRE falou em limpeza e em pouda de gramas, desviando do foco das reivindicações urgenciais. Não colocamos limpeza das escolas como reivindicação inicial, a questão da limpeza foi uma observação por parte da DRE!
Uma nova reunião está marcada para dia 07 de junho.

O Grêmio do CEM 03 que tem como entidade de representação a UMESB - que é uma entidade ilegítima, pois não faz congressos para eleger suas diretorias e só existe para fazer carteirinhas nos colégios e festas de formaturas - compareceu ao ato querendo colocar faixas da UMESB como linha de frente, depois de dificultar a mobilização dos estudantes pelo grupo de oposição, alguns estudantes protestaram contra isso, pois o Grêmio sempre foi contra manifestações e nada faz pelos estudantes. E decidiram que o grupo de oposição do Grêmio iria representá-los na comissão para a reunião na DRE.
Precisamos de uma entidade de luta que represente os estudantes verdadeiramente, conquistando nas ruas os direitos de cada um. Criando a UMES-GAMA para reconhecer como entidade dos estudantes e não a UMESB que não faz nada pelos estudantes e não reconhecem a UBES como entidade máxima de representação em nível nacional. A UBES tem um vasto histórico de lutas e é preciso recuperar esse caráter na entidade. E conquistaremos isso com os estudantes na rua!
Natália Botelho, estudante do CEM 02 Gama.

"Passe Livre"

Estudantes do RN repudiam mercantilização da meia passagem



Mobilização demonstra o fortalecimento do movimento estudantil potiguar. 
 
Os estudantes da Escola Estadual Floriano Cavalcante de Natal (RN) realizaram, na última sexta-feira (13), uma Assembléia Geral e aprovaram uma moção de apoio à Identidade Estudantil Eletrônica. Na última semana, o DER (Departamento de Estradas e Rodagem) inabilitou a UNE e a UBES para o sistema de meia passagem intermunicipal, mesmo sendo as duas entidades as únicas citadas pelo decreto que garante o direito. Ambas entraram com pedido de reconsideração, cuja decisão será publicada na próxima semana.

Para o Vice-Presidente da UMES (União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas) Pedro Henrique, não há motivo para as entidades estarem inabilitadas. “Mais de 60 mil estudantes já adquiriram a Identidade Estudantil Eletrônica da UNE e da UBES, entre carteiras gratuitas e pagas a R$ 4,40. Nós unificamos todos os direitos em um só cartão, gerando economia e praticidade. Isso revoltou aqueles que ganham dinheiro todos os anos com um direito que não foram eles que conquistaram. O recurso da carteira de estudante precisa retornar aos estudantes, organizando-os em grêmios estudantis e defendendo nossos direitos.”

           Para Monique, estudante do FLOCA, os estudantes deram uma grande demonstração de que repudiam as empresas de carteiras estudantis. “Defendemos e aprovamos, consensualmente, uma nota que expressa a importância de nós estarmos organizados para fortalecer o movimento estudantil. A presença de vários presidentes de grêmios, diretores da UMES e da UBES aqui ao longo dos últimos meses é a grande demonstração de que o movimento secundarista voltou a ficar forte em Natal”.

          Eduardo Silvestre, Diretor de Esportes da UMES, avaliou que o Grêmio Estudantil Paulo Freire será muito bem-vindo às plenárias e atividades da UMES e da UBES. “Hoje os estudantes da Escola Estadual Floriano Cavalcante engrossam o coro que reivindica 10% doPIB pra educação, que defende o movimento estudantil legítimo eque vai conquistar o fortalecimento da meia-entrada. Estamos todos muito orgulhosos, é um dia muito importante para nós”, finalizou.

       Pedro Henrique afirmou que ao longo da próxima semana diversas escolas estarão aprovando nota em apoio à Identidade Estudantil Eletrônica para apresentar a opinião dos estudantes sobre a questão e não daqueles que comercializam a carteira de estudante.

Leiam abaixo a nota dos estudantes do FLOCA.

"NOTA DOS ESTUDANTES DO FLOCA

Em março deste ano, a UBES assinou um convênio que garante a todo estudante da rede pública municipal, estadual e federal de Natal,g ratuitamente, a Identidade Estudantil Eletrônica. É uma inovação por permitir que em um único cartão nós tenhamos acesso aos direitos à meia-entrada e ao meio passe estudantil.

Na última semana, o DER (Departamento de Estradas e Rodagem) inabilitou a UBES e a UNE no credenciamento para o direito à meia passagem intermunicipal. Mesmo o decreto estadual da meia passagem intermunicipal estabelecendo que essas duas são as únicas entidades estudantis responsáveis pelo acompanhamento e controle desse direito no RN. Aliás, não fossem as passeatas mobilizadas pela rede de entidades organizadas na UBES e na UNE, até hoje a meia intermunicipal seria apenas um sonho dos estudantes potiguares.

Empresários de carteiras estudantis do RN aproveitaram a oportunidade para, ao invés de defender os 50 mil estudantes prejudicados com a decisão do DER, tripudiar e atacar a União Nacional dos Estudantes e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas. Repudiamos o comportamento daqueles que durante anos lucraram com o nosso direito à meia-entrada, mercantilizando a carteira de estudante e enfraquecendo o movimento estudantil.

Em Assembléia Geral de Estudantes, neste dia 13 de maio de 2011, nós, estudantes da Escola Estadual Floriano Cavalcante, expressamos nosso apoio à moralização da meia-entrada em Natal através da Identidade Estudantil Eletrônica e nossa disposição parafortalecer e contribuir para que cada vez mais a meia-entrada seja respeitada no Rio Grande do Norte."

"Ensino Médio"


> Estado de Minas, 17/05/2011 - Belo Horizonte MG 
Presídios ou escolas? 
A educação, principal remédio para curar a ignorância, a violência e a criminalidade, está ficando em segundo plano 
Lázaro Ponte

           Será que vale mais a pena investir em punição que em educação? Quando falamos de políticas públicas não temos noção de que a base de um país é a educação de que sem ela apenas correremos atrás dos prejuízos. Em outras palavras, as medidas punitivas, as prisões, sempre ganharão o espaço da cidadania e das escolas, simplesmente porque não temos capacidade de enxergar que educar é mais que ensinar. Indo além: aprender não é apenas saber ler ou escrever. Os casos de violência são noticiados diariamente nos telejornais: estudantes assassinados ou vítimas de bullying. E o pior é que tudo isso ocorre nas próprias instituições de ensino, públicas ou particulares, locais que deveriam oferecer segurança, educação e civilidade. Não raras são as notícias sobre os descasos com as escolas públicas: desvio de merenda, má conservação dos alimentos ou até mesmo falta deles. E se formos considerar que muitas crianças frequentam esses estabelecimentos mais por causa da merenda que pela vontade de aprender, veremos que, muitas vezes, a população encara as instituições de ensino como meros lugares que garantem parte da alimentação diária necessária às crianças. Não é à toa que o poder público investe mais em cadeias que em escolas. 

           Vejamos os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2009. Eles mostraram que 9,6% da população era analfabeta, totalizando 14,1 milhões de pessoas. Essa estatística é referente às pessoas que não sabem ler nem escrever. Já em relação ao analfabetismo funcional, a situação é mais grave ainda. As pessoas que escrevem o nome, mas que não entendem o que leem, representam 20,3% da população. Em outras palavras, um a cada cinco brasileiros de 15 anos ou mais é analfabeto funcional. Mas, apesar do sofrível desempenho na área de educação, nos últimos 15 anos o Brasil investiu mais em presídios que em escolas. Esses números são comprovados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), que realizou um estudo entre 1994 e 2009, revelando uma queda de 19,3% no número de escolas no Brasil. Em 1994 havia 200.549 escolas públicas, e em 2009, 161.783. 
           O estudo demonstra, também, que no mesmo período o número de presídios quase triplicou, aumentando 253%. Em 1994 havia 511 estabelecimentos prisionais, ao passo que em 2009 eles somavam 1.806. Mas por que há mais necessidade de presídios que de escolas? Infelizmente a construção de novos presídios reflete o aumento da criminalidade (criminalipunida com violência e não tratada com educação). Parece mesmo que o conselho sábio dos nossos ancestrais, de que a prevenção é o melhor remédio, não vale nos dias de hoje. A educação, principal remédio para curar a ignorância, a violência, a criminalidade, está sendo deixada em segundo plano. Não seria melhor utilizar a expressão “renegada”, ou então “deixada de escanteio”, ou até mesmo “abandonada”? 
           Iniciativas isoladas, leis e projetos de lei tentam inibir o bullying, incentivam o implemento de matérias como educação moral e cívica e versam sobre a educação em prol dos direitos dos negros, das mulheres, das crianças, adolescentes, idosos. Às vezes, órgãos públicos promovem atividades voltadas à integração de pessoas de faixas etárias e cores diversas. Mas será difícil enxergarmos que nada disso, absolutamente nada disso seria necessário, se soubéssemos atacar o mal pela raiz, ou seja, se lutássemos para que fosse instaurada a verdadeira educação? Poderíamos fazer isso de forma rápida e simples: cobrando qualidade e não quantidade de escolas, cobrando o ensino que vai além do alfabeto e que forma os cidadãos do futuro, preparados para o mercado de trabalho e para a vida. Advogado, mestre em direito educacional e empresarial.

"UNEGRO"

Unegro DF começa a se organizar em núcleos



Negros de Taguatinga começam a se mobilizar no núcleo da Unegro
A União dos Negros pela Igualdade (Unegro) do Distrito Federal começa a se organizar em núcleos pelas cidades-satélites (regiões administrativas). Essa organização foi um dos temas discutidos na plenária da entidade ocorrida mês passado.

Os primeiros a discutirem e encaminhar a organização de núcleo foram os unegrinos e unegrinas de Santa Maria. O pessoal até marcou data para a fundação do núcleo: 12 de junho, o Dia dos Namorados. De forma animada e criativa, a moçada de Santa Maria pretende até transformar o evento numa homenagem aos apaixonados em geral.

Inspirados em Santa Maria, as unegrinas e unegrinos de Taguatinga também começaram a se mobilizar para fundar o núcleo de lá. A primeira reunião para discutir o assunto será no dia 21 de maio, próximo sábado. A reunião será seguida de almoço e confraternização. A data de fundação do núcleo ainda será definida. Nesta ou em outras reuniões.