segunda-feira, 5 de março de 2012

JUROS NÃO! TRABALHO, SAÚDE E EDUCAÇÃO

A Presidente Dilma enfrenta forte resistência para aprofundar as mudanças iniciadas com o Presidente Lula. Tão grande quanto o bombardeio da imprensa golpista contra o governo, tem sido a insistência dos banqueiros, em aliança com a mídia e o Banco Central em manter a agenda econômica do passado e as mais altas taxas de juros do planeta.

Os juros altos privilegiam os especuladores, prejudicam a produção e o emprego, doem no bolso da população, que paga absurdas taxas pelo crédito, nos cartões e no cheque especial. No ano passado, o Brasil destinou 236 bilhões de reais ao pagamento de juros, 20% a mais que o total pago em 2010. E quase metade do orçamento da União vai para juros e amortizações da dívida, de acordo com o ágio fixado pelo Banco Central brasileiro.

Essa é uma política herdada de FHC, que fez um acordão com os banqueiros que se beneficiavam com a inflação, para que ganhassem com a taxa de juros e o superávit primário - os cortes no orçamento para pagar a dívida pública. Essa política favorece as importações e prejudica nossas exportações, nossa indústria e o emprego. Durante décadas, a indústria puxou nosso crescimento econômico. Em 2010, a indústria cresceu 10,5 %, mas ano passado cresceu míseros 0,3%, e a previsão é desempregar a partir de junho.

Não podemos continuar a pagar pedágio aos banqueiros daqui e do exterior, os responsáveis pela crise capitalista. E para a imprensa golpista sócia dos banqueiros, "austeridade" sempre é é menos escolas, salário de fome aos profissionais da educação, hospitais aos pedaços, obras paradas sem gerar empregos, tudo para encher o bolso dos banqueiros.

Em 2011, essas medidas frearam o crescimento do Brasil. E quando começou a reação, com uma tímida baixa dos juros (só 0,5% ao mês), veio a chantagem por cortes no orçamento de 2012. Até na saúde e na educação houve cortes! É por isso que dizem não ser possível destinar 10% do PIB e 50% do fundo social do pré-sal para a educação. É por essa política que as pessoas ainda morrem nas filas de hospital quando o Brasil é a 6ª economia do mundo. É por isso que em vez de mais tecnologia e indústria, o Brasil volta a ser um produtor de matérias primas. Precisamos criar condições políticas para uma queda mais rápida dos juros, e resistir aos cortes no orçamento! O povo nas ruas deve mostrar à Dilma que, se mudar a economia a favor do Brasil, ela terá apoio.

É preciso um pacto pelo desenvolvimento, pelo emprego e a produção. Chega de enriquecer quem nada produz e só nos atrasa. Como acontece nas ruas de todo o mundo, digamos também BASTA à farra dos banqueiros! Queremos um novo pacto pelo desenvolvimento, que favoreça produção e o emprego, e não a especulação. E queremos 10% do PIB para a Educação, e saúde pública e de qualidade para todos!

Venha com as centrais sindicais (Força, CGTB, CTB, Nova Central e UGT) e o movimento estudantil (UNE, UBES) protestar no Banco Central no dia da reunião que define a taxa de juros SELIC, 6 de março às 10h!



De: Paulo Vinícius (CTB-DF)