segunda-feira, 11 de abril de 2011


Reunião da UBES-DF



Dia: 16/04/2011 às 14hs
Local: Auditório da CUT - Venâncio 2000(CONIC) - Do lado da Rodoviária do Plano Piloto.
Contato: André 92530474 / ubesdodf@gmail.com
Até 2014, 35 milhões de famílias poderão ter Internet a preços populares
Seg, 11/04/11 10h27
Meta foi estabelecida pelo Ministério das Comunicações e mensalidade pode chegar a R$15 com redução de impostos. 
 
Até 2014, 35 milhões de famílias poderão ter internet banda larga pelo preço de R$ 35 por mês. A meta é do Ministério das Comunicações, que pretende alcançar o objetivo nos próximos três anos. De acordo com o ministro Paulo Bernardo, que participou de audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia nesta quarta-feira (6), o governo ainda pretende negociar a redução tributária para o setor. Com isso, o preço poderia chegar a R$ 15 em 39,8 milhões de domicílios.

Dados do Ministério das Comunicações apontam que 27,4% dos domicílios brasileiros têm internet. “Com o Plano Nacional de Banda Larga, queremos ampliar o acesso em regiões como o Nordeste e Norte, onde o número de pessoas conectadas é baixo em comparação ao resto do país”, explica Bernardo. No Norte, apenas 34,3% da população tem acesso à rede. No Nordeste, o índice é ainda menor, 30,2%. No Sudeste é de 48,1% e no Sul, 45,9%. “Não é possível desenvolver esses estados sem levar internet e telefonia fixa de qualidade para essas localidades”, opina o deputado Paulo Foletto (PSB-ES).

A ampliação do acesso à banda larga depende da aprovação, no Congresso Nacional, do Projeto de Lei 1.481/07, que permite o uso do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) em projetos de ampliação do acesso à internet. De acordo com Bernardo, o Fust acumula hoje R$ 9,8 bilhões, mas é destinado apenas a projetos de telefonia fixa.

Segundo o deputado Luiz Noé (PSB-RS), depois da aprovação do PL, o Fust poderá financiar projetos que levam as redes de fibra ótica ou rádio a cidades de difícil acesso e a zona rural. “Não há o interesse da iniciativa privada em financiar a estrutura em regiões distantes do País. Neste caso, o governo precisa ter a iniciativa. É para isso que o Fust será usado”, opina.

Desoneração - Na audiência, Paulo Bernardo adiantou que o Ministério pretende negociar com os estados a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a aquisição de banda larga. Os estados que concordarem em reduzir o tributo, poderão oferecer internet a R$ 29,90.

A deputada Luiza Erundina (PSB-SP) está otimista com a proposta, mas lembra que é preciso descentralizar a gestão do Ministério das Comunicações para garantir o controle sobre as prestadoras de serviço. A ideia é reorganizar os órgãos do Ministério, levando alguns setores para os estados. “O governo precisa subsidiar projetos para ampliação da banda larga, mas precisamos criar mecanismos eficazes de fiscalização, inclusive para evitar que o consumidor seja lesado. Isso só é possível com a descentralização do Ministério”, sugere.

Por Infojovem.
11 de abril de 2011
Nota de pesar da UBES
           Um rapaz de 24 anos entrou na manhã desta quinta-feira na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo (zona oeste do Rio), e disparou diversos tiros contra os alunos. Dez meninas e um menino morreram. O atirador, baleado pela polícia, cometeu suicídio em seguida.
          Esse ato violento foi cometido contra ESTUDANTES SECUNDARISTAS indefesos que não imaginaram que em sua escola poderiam sofrer tal tipo de ação. Agora se fala em colocar detectores de metal nas escolas e policia na porta para revistar os estudantes na entrada, isso realmente é necessário?
           A população precisa buscar novamente os valores que tem se perdido com o tempo, como a valorização da vida e porque não falarmos do desarmamento? O incidente que aconteceu hoje teria o mesmo efeito se o acesso a armas fosse restrito?
           É importante esse momento para refletirmos qual o papel da escola diante desses fatos, a violência se faz presente em todos os lugares e precisamos ter um olhar especial aos jovens que sofrem de inúmeras maneiras com isso
           A violência é um problema social que está presente nas ações dentro das escolas, se manifesta de diversas formas entre todos os envolvidos no processo educativo. Isso não deveria acontecer, pois escola é lugar de formação da ética da moral e de politização, sejam eles alunos, professores ou demais funcionários.
           Muito se diz sobre o combate à violência, porém, levando ao pé da letra, combater significa guerrear, bombardear, batalhar, o que não traz um conceito correto se combatê-la. As próprias instituições públicas utilizam desse conceito errôneo, princípio que deve ser o motivador para a falta de engajamento dessas ações.
           Levar esse tema para a sala de aula desde as séries iniciais é uma forma de trabalhar com um tema controverso e presente em nossas vidas, tendo oportunidades momentos de reflexão que auxiliarão na transformação social.
           A UBES repudia qualquer tipo de violência principalmente quando envolvem nossos  estudantes, reafirmamos a defesa de uma escola melhor que plante o conceito de solidariedade e de convivo sem violência.
11 de abril de 2011
59º CONEG: Celso Amorim participa e faz reflexões sobre política externa e conflitos mundiais
O ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, esteve presente sábado ao 59º Conselho Nacional de Entidades Gerais da União Nacional dos Estudantes


Homem de fala baixa, Celso Amorim conquista os ouvintes ao seu redor pela simplicidade. Embora seja considerado por alguns analistas como um dos melhores chanceleres do mundo, o ex-ministro das Relações Exteriores tem discurso de fácil entendimento sobre conjuntura internacional, ao mesmo tempo em que destila comentários ácidos contrários a uma suposta submissão a países como Estados Unidos e fala com seriedade sobre a importância da paz mundial e o papel que o Brasil joga nessa questão.
Pouco antes de participar no sábado do 59º Conselho Nacional de Entidades Gerais, Amorim recebeu diretores da UNE para um almoço servido de bom bate papo. Falou sobre os avanços na política externa, a delicadeza ao se tratar de temas como os conflitos nos países do Oriente Médio e África, alem de relembrar alguns momentos de quando participou do Centro Popular de Cultura, o CPC da UNE.
Já conhecido por seu gosto pelo cinema, Amorim disse que fez assistência de direção para um dos episódios do clássico filme 5x Favela, obra prima criada por cineastas do CPC. “Mas ultimamente fiquei triste ao assistir uma cópia remasterizada do filme e não ver mais o meu nome lá. Não sei o que aconteceu”, brincou, dando início à sua participação na Conferência Especial sobre Política Internacional do 59º CONEG. “Também fui da Associação Municipal dos Estudantes do Rio de Janeiro [Ames-RJ] e sofri com o incêndio da sede na Praia do Flamengo logo nos primeiros dias do golpe militar”, completou, brincando mais uma vez que, depois da recepção calorosa que teve dos estudantes no teatro da Unip, iria fazer vestibular novamente para poder militar na UNE.
“A vinda de um chanceler aqui nesse encontro do movimento estudantil reflete o amadurecimento da população brasileira a respeito dos temas internacionais. Reflete também o destaque que política externa teve no governo Lula”, pontuou.
Paz, integração sul americana e crise econômica
Em um discurso que foi pontuado em diversos momentos pela defesa da autonomia dos povos, Amorim disse que “a paz é como o ar e a liberdade, você só perceba que ela é importante quando está em falta”. Para ele, o Brasil, por sua representatividade e importância, deve ter como uma das prioridades trabalhar pela paz, um “processo que tem que ser construído como uma contribuição para o desenvolvimento dos países”

Para Amorim, um dos maiores trunfos do Brasil é viver em paz com seus vizinhos. Ele coloca a integração da América do Sul como mais viável e o que permite de alguma forma o desenvolvimento equilibrado da região. Mas destaca  a coragem do Brasil em desenvolver relações também com outras nações, como Índia e a África do Sul (“Dois países com muitos problemas parecidos”), mesmo sofrendo críticas por isso.






“Quando fomos ao Irã ou realizamos uma reunião com os países do Caribe na Costa do Sauípe, na Bahia, fomos alvos. Uma parte da mídia, dos ideólogos queriam que nós tivéssemos medo porque isso faz parte de um estado de dependência que eles querem que a gente tenha. Por que temos que pedir licença para os Estados Unidos para negociar?”, questionou.
“Se tem uma palavra que eu poderia dizer é presença. O Brasil se fez presente no Oriente Médio, na África e outras regiões. O Brasil tem um comércio muito diversificado com outros países e resistiu à grande crise porque não dependia de um só país. Fortalecemos o mercado interno, distribuímos renda  e diversificamos as relações internacionais. Nos preparamos para uma situação em que não tivemos a dependência de um só mercado. Isso tudo é fruto, posso dizer, que da nossa coragem. Por que o Brasil tem que ser pequeno e porque temos que fazer só aquilo que eles querem que a gente faça? A gente não pode nem fazer a mesma coisa que o estados unidos. Temos que fazer menos. Por isso, destaco hoje a importância da auto-estima brasileira”, disparou, sendo aplaudido pelos estudantes.
“O Brasil se dedicou muito à America do Sul. Temos muitas razões para isso, econômicas, culturais, estruturais... E, claro, é muito importante para podermos dialogar em conjunto com os grandes blocos internacionais. A união estrutural que estamos conseguindo fazer tem 150 anos de atraso se comparado a outros regiões”, disse.


Doha, marco da política externa brasileira
O chanceler disse que um marco, um fato que é determinante e que demonstrou que o Brasil não estava brincado de política externa foi a reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Cancun, em 2003, quando o país, trabalhando em conjunto com a Índia e outras nações, criando o G-20, “teve a coragem de dizer não” aos subsídios agrícolas praticados, principalmente, pelos Estados Unidos e União Européia. “Tivemos a capacidade de articulação de outros países em desenvolvimento que também disseram não. E conseguimos também fazer proposta”. Isso foi inédito e um marco”, pontuou Amorim.

Israel e Palestina
O ex-ministro finalizou a conferencia com uma reflexão sobre o principal conflito mundial da atualidade, que na sua visão pode ter participação do Brasil em sua mediação. “O mundo está passando por grandes mudanças. O primeiro fato foi a crise. Os recentes casos no Oriente Médio terão implicações globais e vão se estender a outros países. O impacto será muito grande para a questão central dos conflitos mundiais, que é Israel e a Palestina. O Brasil é um pais que pode participar e pode ajudar. As outras nações sempre usam a força militar. O Brasil é conhecido por seu dialogo e capacidade de negociação”, concluiu.

Rafael Minoro
Fotos: Alexandre Rezende
8 de abril de 2011
59º CONEG: Seminário de assistência estudantil debate políticas de permanência na universidade
Representantes de DCEs e UEEs de todo o país participam da discussão que busca apontar uma nova diretriz para as políticas de assistência estudantil 

Começou nessa sexta-feira (8), em São Paulo, o 59º Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG) da União Nacional dos Estudantes (UNE), um dos principais fóruns de deliberação do movimento estudantil. Cerca de 500 jovens de todo o Brasil devem participar até domingo (10) de mesas de debates, grupos de discussão e plenárias. A primeira atividade do CONEG, o Seminário de Assistência Estudantil, ocorreu durante esta manhã no teatro da Universidade Paulista (Unip). O presidente e o vice da UNE, Augusto Chagas e Tiago Ventura, fizeram uma saudação a todos e presentes e abriram oficialmente o encontro.

Seminário
Os estudantes presentes participaram das discussões sobre restaurante universitário, estágio, auxílio moradia, bolsa permanência, transporte, entre outras políticas de assistências estudantis.
Mediada pela diretora de Assistência Estudantil da UNE, Thalita Martins, a mesa contou com a participação do Coordenador Relações Estudantis do Ministério da Educação (MEC), Lucas Ramalho; da secretária de Assuntos Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), Adércia Hostin; do presidente do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), Gabriel Medina; e do pró-reitor de AssuntosComunitários e Políticas Afirmativas da Universidade Federal do ABC (UFABC), Joel Pereira Felipe.
 


Relembrando seu tempo de militância estudantil, Lucas Ramalho deu início ao seminário e falou sobre as políticas de assistências estudantis realizadas atualmente pelo governo federal através do orçamento de R$ 400 milhões. "Por meio do Decreto Presidencial nº 7234, que criou o Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), o governo avançou e colocou essa questão na centralidade de sua política", afirmou. O representante do MEC pontuou ainda a importância da universalização dos recursos e a visão de que a assistência deve ser vista como um direito e não uma concessão.
Segundo ele, muitos estudantes não sabem destes recursos financeiros e acabam não participando ativamente da divisão de orçamento dentro das universidades, e as instituições, por sua vez, não buscam consultar os alunos para a melhor destinação.
Ramalho acredita que é necessário que este debate seja estendido para Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (Fonaprace) e Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), para que exista uma melhora na política existente e auxilie na permanência dentro das universidades.

"É mais barato para o governo garantir a permanência do estudante na universidade do que permitir a evasão, que acaba gerando um problema maior, econômico e social. O Brasil perde quando um estudante não consegue finalizar seus estudos", finalizou.
Fast-food
Realizando um panorama sobre a educação no setor privado e fortalecendo a necessidade de prioridade em uma universidade gratuita, laica e de qualidade, Adercia Hostin criticou a educação chamada fast-food. "É pão com gergelim, uma coca-cola e de preferência no drive-thru", brincou.

A ligeireza dos cursos superiores, segundo ela, acarreta falta de organização e regulamentação do ensino privado. Usou como exemplo as quatro instituições privadas brasileiras negociadas no mercado financeiro. "A universidade como um centro de pesquisa, ensino e extensão perde a credibilidade se tornando uma empresa, uma fábrica de diplomas", analisou.
 

"Não há investimentos em pesquisa e extensão, envolvendo bolsas e introduzindo os alunos como seres pensantes na sociedade", afirmou a secretária. "Precisamos avaliar que tipos de pesquisas são realizadas nas instituições privadas", concluiu.
Juventude
O presidente do Conjuve, Gabriel Medina, começou sua intervenção convidando os estudantes do seminário aparticiparem em dezembro da 2º Conferência Nacional da Juventude em Brasília que trará em sua pauta o Plano Nacional de Educação. "Temos que acompanhar e contribuir estabelecendo diretrizes para a educação dos próximos dez anos", disse.
"Em meios aos avanços já conquistados como a expansão de vagas nas universidades públicas, a criação de cotas e o ProUni, precisamos comprometer também as universidades privadas. Vincular, talvez, parte dos seus lucros à políticas de assistência estudantil", sugeriu.

Para Medina, é preciso responder as demandas específicas de segmentos importantes como os jovens negros na universidade, homossexuais e as mulheres que ainda não podem contar com creches nas universidades.
 



Mais recursos
O professor Joel Felipe apresentou números do PNAES e relatou a forma como são repassados os auxílios para os estudantes da UFABC.  Lá, a assistência para os estudantes inclui a bolsa moradia e permanência no valor de R$ 300,00/cada, além do programa de inclusão digital que concedeu o empréstimo de 173 netbooks.
Novas diretrizes são necessárias para que estes benefícios consigam alcançar todos os estudantes. “O recurso oferecido hoje pelo MEC não é suficiente, no mínimo é preciso duplicar, além de qualificar a discussão em relação o quanto é necessário para a ampliação das assistências”, frisou.
Celso Amorim participa sábado
As atividades do 59º Conselho Nacional de Entidades Gerais da UNE continuam neste sábado com a presença do ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Após os grupos de discussão marcados para a parte da manhã, Amorim participa às 14h da Conferência Especial sobre Política Internacional. Ele será também homenageado pelos estudantes.

No domingo, ocorre a plenária final que irá convocar o 52º Congresso Nacional da União Nacional dos Estudantes, fórum do movimento estudantil responsável por eleger a nova diretoria e o novo presidente da entidade.

Thatiane Ferrari
Fotos: Alexandre Rezende