segunda-feira, 19 de setembro de 2011

"Abaixo-assinado Reajuste de Bolsas Já"


Em 2012 a bolsa de mestrado será inferior a 2 salários! Participe da campanha: Reajuste de Bolsas Já

Publicado: 19/09/2011 por Blog da UBES em UBES


A ANPG, em conjunto com APGs de todo o país, lhe convida a participar da Semana Nacional de Mobilização pelo Reajuste de Bolsas Já! A ideia é realizar ações nas universidades de todo o país, além de promover uma forte divulgação pelas redes sociais em prol do reajuste imediato do valor das bolsas de mestrado e doutorado. Se as bolsas não tiverem um reajuste agora, em 2012 uma bolsa de mestrado da Capes ou do CNPq estará valendo menos do que 2 salários mínimos. Indigne-se. Participe!
Da ANPG
O movimento nacional de pós-graduação brasileiro está em campanha permanente pelo reajuste do valor das bolsas de mestrado e doutorado, há mais de 3 anos congeladas. Ações pelo Brasil durante as Jornadas de Lutas do movimento estudantil, entrega da pauta à presidenta Dilma e o abaixo-assinado online, lançado no início da campanha, são iniciativas concretas para que a pauta seja atendida. As Associações de Pós Graduados (APGs) também se mobilizam e nós lhe convidamos a realizar uma atividade na sua universidade também!
O Brasil vive um momento propício para impulsionar um crescimento que garanta justiça social e aproveite as possibilidades do país de forma sustentável. Temos o desafio de construir dois grandes eventos esportivos mundiais e descobrimos uma riqueza natural imensa, o Pré-Sal, que deve ser utilizada para o desenvolvimento do país com a participação de todo o seu povo neste processo. Assim, a educação e a pesquisa científica devem ser entendidas como instrumentos essenciais para o melhor aproveitamento desta janela histórica de tantas possibilidades e desafios que vivem o país.
Menos de 2 salários mínimos
É urgente uma política permanente de valorização das bolsas de pesquisa para o Brasil. A defasagem histórica das bolsas levou a uma situação de diminuição do benefício ao longo dos anos, o que pode ser constatado analisando a trajetória do valor das bolsas em comparação a  qualquer índice nacional (IPCA, salário mínimo, salário médio das pessoas com formação superior, etc.). O governo Dilma até agora não deu nenhuma sinalização de pôr fim a um congelamento de 3 anos e, caso as bolsas não sejam reajustadas neste ano, chegaremos a 2012 com a bolsa de mestrado, por exemplo, valendo menos do que 2 salários mínimos (cujo reajuste previsto no Orçamento é para R$ 612). Diante do discurso de arroxo dos gastos públicos para manter as metas de inflação e superávit, é nosso papel pressionar pelo fortalecimento do sistema nacional de bolsas, considerando o pesquisador bolsista enquanto elemento chave da produção científica nacional. A bolsa de pesquisa deve ser entendida como instrumento central de estímulo e, portanto, de elevada importância ao interesse e desenvolvimento da Ciência, Tecnologia & Inovação no país.
Ações da Semana pelo Reajuste de Bolsas Já
Nesta semana de 19 a 23 de setembro, convocamos todos(as) os(as) pós-graduandos(as) brasileiros(as) a se incorporarem em uma grande campanha de coleta de assinaturas do abaixo-assinado e ações nas universidades, além de uma grande campanha virtual.
Vale passeata, ato com nariz de palhaçofesta-protesto de aniversário dos 3 anos sem reajuste, mural de apoiadores da campanha, paralisação do seu laboratório por 1h, coleta de moedas para garantir o orçamento do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para aumentar o valor das bolsas, contador de dias sem reajuste, debatesmoções de apoio e qualquer ação que consiga chamar a atenção da comunidade universitária ao problema da desvalorização das bolsas de pesquisa. Participe também da campanha virtual com a hashtag #reajustedebolsasja e ajude na divulgação do abaixo-assinado e das ações da campanha pelo Twitter e pelo Facebook.
Envie seu vídeo-depoimento
Além das ações nas universidades, precisamos fazer a campanha chegar ao conjunto da sociedade. Grave a sua mensagem dizendo porque é importante para o Brasil a valorização das bolsas de pesquisa. Pode ser via webcam, câmera do celular ou da máquina fotográfica, enfim, o fundamental é que você grave a sua mensagem. Termine sempre com a frase “Reajuste de Bolsas Já!”. Publique o vídeo e/ou envie para o e-mail reajustedebolsasja@gmail.com. Envie também para o perfil da ANPG do Twitter (@anpg) e o do Facebook (Associação Nacional de Pós-Graduandos) e para todos os seus contatos.
Enxurrada de e-mails a autoridades
Por fim, ajude a fazer uma enxurrada de e-mails aos Poderes Executivo e Legislativo apresentando a nossa pauta. A partir de segunda-feira (19), divulgaremos um texto padrão e os endereços de e-mail de autoridades que devem dar resposta sobre uma política de valorização das bolsas.
Outubro
A campanha continuará com a construção de agendas com o Executivo para apresentação do resultado da campanha e entrega do abaixo-assinado até o mês de outubro. No mesmo período a ANPG apresentará emendas ao Orçamento da União com o objetivo de aumentar os recursos destinados às bolsas de pesquisa.
Elisangela Lizardo, presidente da ANPG
(Fotos: Vitor Vogel)
CONTATOS:
(11) 5081-5566 – reajustedebolsasja@gmail.com – www.anpg.org.b
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"Ensino Médio"

MEC vai colocar em debate três propostas para aumentar tempo na escola

  


Segundo o ministro Fernando Haddad, aumento de dias letivos é a mais ‘adaptável’ à realidade brasileira
O Ministério da Educação (MEC) vai colocar em debate três propostas para a ampliação do tempo que o aluno passa dentro da escola. Estão em discussão:
꠩ Aumento do número de dias letivos, de 200 para 220;
꠩ Aumento da carga horária diária, priorizando a educação integral;
꠩ Um “mix” das duas formas, lei que estabelece um novo mínimo de dias e um novo mínimo de horas, aos quais as redes se adaptariam da forma mais conveniente;
꠩ A compreensão da pasta é de que a carga horária de hoje, de quatro horas, é baixa.
‘Tudo leva a crer que estamos com poucos dias letivos’, diz Haddad
“Tem gente que defende o aumento da carga horária; outros, o aumento do número de dias letivos. E há essa terceira ideia, de por que não fixar número mínimo de dias e de horas e dar alguma liberdade para a rede – e não a escola – se organizar? É uma terceira ideia que surgiu”, disse ao Estado o ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta quinta-feira. “Por exemplo: se são fixadas no mínimo mil horas e no mínimo 200 dias, a escola pode dar cinco horas por dia e manter 200 dias letivos ou pode dar 4h30 em 220 dias.”
Haddad ressalta que a decisão seria das redes, e não da unidade escolar. No entanto, segundo o ministro, a realidade brasileira seria mais adaptável ao aumento de dias letivos. “Os estudos do Ricardo Paes de Barros (secretário de Ações Estratégicas da Presidência, cujo trabalho baseou a ideia do ministério de ampliar o tempo) apontam na direção de que aumentar o número de dias letivos é o que mais impacto na escola”, afirmou. “Tudo leva a crer que estamos com poucos dias letivos. Do ponto de vista da rede física, a extensão da jornada por dia encontra mais obstáculos do que a ampliação de dias. Tudo sugere que a realidade brasileira seria mais adaptável a mais dias.”
A ideia do MEC, de acordo com Haddad, é “encurtar” o tempo que a criança fica longe da escola. “Na prática, hoje temos 12 semanas sem aula. Temos que pensar o quanto isso descola o aluno do mundo do conhecimento”, disse. “As evidências mostram que a combinação 44 semanas de aula e 8 de férias é muito melhor e mais eficiente do que 40 de aulas e 12 parados. Mas a discussão é importante porque soluções intermediárias podem ocorrer.”
Quanto a prazos, o ministro afirma que a discussão já começou. “O que eu anunciei na terça-feira foi o início de um debate”, afirmou. Será marcada uma apresentação dos estudos para a imprensa e também para as entidades do setor, com as quais o MEC pretende discutir: União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Dilma defende educação em tempo integral nas escolas públicas
“Queremos dar ao ensino médio e ao ensino fundamental, que é um outro compromisso nosso, tempo integral de educação. Para isso uma parte desse tempo será necessariamente a capacitação dos nossos estudantes para as atividades esportivas. Isso significa, portanto, que é um processo que tem a ver com todo esse esforço que MEC faz hoje para assegurar educação de qualidade das creches a pós-graduação”, disse a presidente em solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília.
Os resultados do Enem divulgados pelo governo apontam, por exemplo, que houve melhora na média de desempenho dos alunos, que aumentou o patamar geral das escolas de 501,58 em 2009 para 511,21 em 2010. Em contrapartida, o levantamento registra que apenas 13 escolas públicas aparecem na lista das 100 melhores instituições de ensino.

"Movimento estudantil internacional - Espanha"

Espanha: protestos em Madri contra cortes na educação

Dezenas de milhares de pessoas marcharam na quarta-feira (14) pelo centro da capital espanhola em defesa do ensino público e contra os cortes na educação decretados pelo governo local de Madri.
DA PRENSA LATINA

         Convocada pelos sindicatos do setor, a manifestação, que segundo seus organizadores reuniu cerca de 50 milprofessores, estudantes e pais de alunos, iniciou-se na praça de Nepuno sob o lema “A educação não é despesa, é investimento. Não aos cortes”.
           O ponto alto do protesto produziu-se quando seus participantes passaram em frente ao Conselho de Educação de Madri, onde exigiram a renúncia de sua conselheira, Luzia Figar, e da presidente dessa região, Esperança Aguirre.
As entidades sindicais anunciaram há alguns dias um calendário de mobilizações contra o corte orçamentário na educação colocado em prática pelos governos de várias cidades e regiões, em sua maioria governadas pelo direitista Partido Popular (PP).
          Segundo o magistério, os cortes chegam a 2 bilhões de euros e deixarão sem emprego cerca de 15 mil professores interinos, além de repercutir negativamente na qualidade do ensino.
          Além de Madri, as administrações da Galícia, Navarra, Castela-La Mancha e Catalunha ordenaram recentemente um aumento do tempo que os docentes se dedicam dando aulas dentro de sua jornada de trabalho de 37 horas semanais.
           No caso de Madri, os sindicatos denunciaram que o incremento de 18 a 20 horas letivas levará à perda de três mil empregos. Sob a pressão para reduzir custos, estão ordenando aos pedagogos passar mais horas nas aulas, o que significa que milhares de professores de apoio serão demitidos, de acordo com as centrais de trabalhadores.
          O protesto da última quarta-feira não é o único protesto previsto na capital espanhola, onde estão convocadas, entre outras ações, duas jornadas de luta nos dias 20 e 21 do presente mês.
          Em nível nacional, os sindicatos realizarão no dia 22 de outubro, também em Madri, uma marcha destinada a todo o professorado. A previsão é que o ato mobilizará multidões em defesa da educação pública.
        Organizações sociais e políticas acusaram Aguirre – uma das principais figuras do PP – de privilegiar o sistema educativo privado em detrimento do público, com a aplicação de um duro plano de austeridade para reduzir o déficit.