sábado, 17 de março de 2012

O HIP HOP, O BRASIL.

              O povo brasileiro, sempre teve um talento próprio quando o assunto é se manifestar, sendo que sempre teve o mesmo talento para a arte. Quando juntamos as duas coisas, temos uma grande diversidade cultural exclusivamente brasileira. Podemos citar o samba, a capoeira, o Maculelê entre outras manifestações artísticas que expressam muito bem esse sentimento de liberdade dos brasileiros. Com o Hip-Hop não é diferente, apesar de não ser um estilo exclusivamente brasileiro, ele se adequou a nossa cultura como se fosse nosso. Basta pisar o pé em uma periferia urbana para se ter uma noção de como ele atinge diretamente a vida das pessoas que nela vivem. Essa necessidade de manifestação artística dos brasileiros foi o suficiente para fazer com que o Hip Hop entrasse em nossa cultura pra ficar. O Hip-Hop é um estilo que engloba várias formas de expressa-lo, como o grafite, o break, o basquete de rua e na sua musicalidade, o RAP. 
             
              O RAP é um estilo de música que se deu início na Jamaica nos anos 60. Começou como uma forma de se animar as festas das periferias. Os MC's (Mestres de Cerimônia) utilizavam as batidas para falar sobre os problemas políticos da ilha e sobre a violência das favelas de Kingston (capital da jamaica). Uma crise econômica que atingiu a ilha jamaicana, obrigou milhares de jovens a imigrarem para os EUA, fazendo assim com que este ritmo fosse levado as periferias americanas, inicialmente em Nova York. RAP que significa na cultura hip-hop Rhyme And Poetry, quer dizer rima e poesia. O RAP se tornou uma das maiores formas de manifestação ideológica e artística das periferias, fazendo com que todas as classes saibam da realidade social de quem o canta em forma de rima. Muitas vezes ele é criticado por sua violência verbal, mas suas letras não são nada mais do que a realidade dos sobreviventes das periferias transformada em música. Hoje em dia, o RAP brasileiro é admirado em todo o mundo, tanto pela sua qualidade musical, quanto pela qualidade de suas letras. A maioria dos rappers brasileiros, utilizam de suas músicas para levar conhecimento às periferia e despertar um senso crítico nas pessoas que o escutam. O Brasil hoje tem uma das maiores comunidades de Hip-Hop do mundo, a Nação Hip-Hop. E para terminar, fica aqui um som brasileiríssimo. Curte aí!



















sexta-feira, 16 de março de 2012

UBES Pelo fim da greve!

        Mais um dia de greve, mais um dia de luta. É assim que os professores do Distrito Federal tem vivido nos últimos dias. Ah tempos, que a categoria vem ouvindo promessas do governo em relação a algumas reivindicações como o plano de carreira, plano de saúde, reajuste salarial, gestão democrática entre outas. Quando Agenlo tomou posse, declarou a quem quisesse ouvir que sua gestão seria marcada pelo grande apoio às áreas sociais, tais como: Saúde, trabalho, educação, cultura e etc. Só que esse apoio não vem ocorrendo desde que começou a exercer o cargo. Com a educação o descaso é tamanho, que alunos passam meses sem ter uma aula específica por falta de professor, sendo que existem muitos profissionais da área que estão prontos para a prática e não são chamados por "falta de verba".  Algumas escola não podem ter aulas práticas como biologia, física, química, arte e educação física, seja por falta de laboratórios, seja por falta quadras poliesportivas, sendo que para as quadras que não estão cobertas, na chuva não se pode ter aula. Nas salas, alunos e professores passam mal pela falta de ventilação, calor e desconforto. O giz de cera ainda usado na maioria das escolas, causa sérios problemas de saúde aos professores. E não é isso que queremos para a educação de nosso povo. Hoje em dia, alunos saem da sala de aula e conversam com seus pais do outro lado da cidade via aparelho celular, vão para casa e jogam seus video-games com sensor corporal e antes de dormir trocam informações via internet com desconhecidos do outro lado mundo. Com tanta tecnologia assim à vida externa desses alunos, como podem reclamar da falta de interesse dos mesmo se a educação ainda está no séc. XIX?


      Por esses motivos entre outros, os professores e alunos do Distrito Federal se reuniram hoje a partir das 8h no Teatro Nacional e ali permaneceram em concentração até 10:30 quando saímos em marcha em direção ao Shopping Conjunto Nacional e dali fomos até o Conic, em seguida fomos em direção ao epicentro da Rodoviária do Plano Piloto onde realizamos uma grande panfletagem com um grande apitaço. Voltamos ao Conic e fizemos uma breve plenária onde dialogamos com todos os presentes e com mais quem passasse por ali no momento. A UBES, não se manterá calada enquanto a educação, como base de desenvolvimento para nossa nação, não for tratada da devida maneira que merece. Por isso no dia 20 de março (Terça Feira), a UBES convoca todos os estudantes a estarem presentes na assembléia dos professores no palácio do Buriti a partir das 9h. Vamos dizer que se tem estudante e professor na rua, AGNELO A CULPA É SUA! Até a vitória.


Brasília, 16 de março.













segunda-feira, 12 de março de 2012

Quanto vale um professor?



           O Ministro da Educação, Aloízio Mercadante, do PT, anunciou um aumento de pouco mais de 22% para as quarenta horas semanais trabalhadas pelos professores de nível médio. Teoricamente, o reajuste deveria beneficiar todos os Estados brasileiros, por se tratar de piso salarial nacional aprovado pelo Congresso em 2008 e convertido em lei federal. Mas a realidade não é bem assim: muitos Estados não cumprem a lei porque seus governantes alegam não existir recursos para remunerar os educadores com um salário digno. Alagoas é uma exceção nesse contexto, já que, no ano passado, o governador equiparou o salário da rede de ensino público estadual ao piso nacional, que agora passa para R$ 1.451, retroativo ao mês de janeiro. É notória a carência de professores no Brasil, segundo dados coletados pelo próprio Ministério, que registra um deficit de 710 mil profissionais, dos quais 235mil só no Ensino Médio.

Ao que tudo indica, o prazer de ensinar já não é tão atraente. Infelizmente, educação nunca foi prioridade neste País, menos ainda nos Estados do Nordeste, onde as escolas, em sua maioria, são sucateadas, entregues ao total abandono. Alunos de Estados e municípios, em geral, são tratados com desdém, mais parecendo ônus para os gestores que renegam a obrigação constitucional de estimular e oferecer condições de educação indistintamente para todos. Lembremos os casos recentes em Maceió onde escolas, há anos sem assistência da Secretaria de Educação, quase chegam a provocar tragédias imperdoáveis. A Escola Municipal Floriano Peixoto, no distrito de Ipioca, de tão abandonada pela gestão pública está invadida por bichos peçonhentos, ratos, baratas, escorpiões; o mato sobe no teto eas salas são sujas, imprensadas, sem circulação de ar.

Um analista federal, sem nenhuma pós-graduação, ganha em torno de 8 a 12 mil reais. Um fiscal de renda ganha 16 mil. No Senado Federal, segundo o Correio Brasiliense, os auxiliares legislativos, como ascensoristas e motoristas – funções de nível fundamental –, podem ter o teto da carreira estipulado em quase 17 mil. Um motorista do Senado ganha mais que um oficial da Marinha para pilotar uma fragata. O chefe responsável pela garagem, também do Senado, ganha mais que um oficial-general do Exército. É muito difícil compreender tamanho disparate. Todas as profissões técnicas, intelectuais, religiosas, passam pelo professor. Qualquer que seja a atividade exercida, todas passam pelo professor. É humilhante ser professor no Brasil!


Por: ALOÍSIO ALVES – publicitário e membro da Academia Palmeirense de Letras







segunda-feira, 5 de março de 2012

JUROS NÃO! TRABALHO, SAÚDE E EDUCAÇÃO

A Presidente Dilma enfrenta forte resistência para aprofundar as mudanças iniciadas com o Presidente Lula. Tão grande quanto o bombardeio da imprensa golpista contra o governo, tem sido a insistência dos banqueiros, em aliança com a mídia e o Banco Central em manter a agenda econômica do passado e as mais altas taxas de juros do planeta.

Os juros altos privilegiam os especuladores, prejudicam a produção e o emprego, doem no bolso da população, que paga absurdas taxas pelo crédito, nos cartões e no cheque especial. No ano passado, o Brasil destinou 236 bilhões de reais ao pagamento de juros, 20% a mais que o total pago em 2010. E quase metade do orçamento da União vai para juros e amortizações da dívida, de acordo com o ágio fixado pelo Banco Central brasileiro.

Essa é uma política herdada de FHC, que fez um acordão com os banqueiros que se beneficiavam com a inflação, para que ganhassem com a taxa de juros e o superávit primário - os cortes no orçamento para pagar a dívida pública. Essa política favorece as importações e prejudica nossas exportações, nossa indústria e o emprego. Durante décadas, a indústria puxou nosso crescimento econômico. Em 2010, a indústria cresceu 10,5 %, mas ano passado cresceu míseros 0,3%, e a previsão é desempregar a partir de junho.

Não podemos continuar a pagar pedágio aos banqueiros daqui e do exterior, os responsáveis pela crise capitalista. E para a imprensa golpista sócia dos banqueiros, "austeridade" sempre é é menos escolas, salário de fome aos profissionais da educação, hospitais aos pedaços, obras paradas sem gerar empregos, tudo para encher o bolso dos banqueiros.

Em 2011, essas medidas frearam o crescimento do Brasil. E quando começou a reação, com uma tímida baixa dos juros (só 0,5% ao mês), veio a chantagem por cortes no orçamento de 2012. Até na saúde e na educação houve cortes! É por isso que dizem não ser possível destinar 10% do PIB e 50% do fundo social do pré-sal para a educação. É por essa política que as pessoas ainda morrem nas filas de hospital quando o Brasil é a 6ª economia do mundo. É por isso que em vez de mais tecnologia e indústria, o Brasil volta a ser um produtor de matérias primas. Precisamos criar condições políticas para uma queda mais rápida dos juros, e resistir aos cortes no orçamento! O povo nas ruas deve mostrar à Dilma que, se mudar a economia a favor do Brasil, ela terá apoio.

É preciso um pacto pelo desenvolvimento, pelo emprego e a produção. Chega de enriquecer quem nada produz e só nos atrasa. Como acontece nas ruas de todo o mundo, digamos também BASTA à farra dos banqueiros! Queremos um novo pacto pelo desenvolvimento, que favoreça produção e o emprego, e não a especulação. E queremos 10% do PIB para a Educação, e saúde pública e de qualidade para todos!

Venha com as centrais sindicais (Força, CGTB, CTB, Nova Central e UGT) e o movimento estudantil (UNE, UBES) protestar no Banco Central no dia da reunião que define a taxa de juros SELIC, 6 de março às 10h!



De: Paulo Vinícius (CTB-DF)