quarta-feira, 6 de abril de 2011

> Portal G1, 06/04/2011
Saem regras para ocupação de bolsas remanescentes do ProUni
Portaria do MEC vale para vagas do primeiro semestre de 2011. Concessão deve ser feita pelas universidades até 12 de abril
Do G1, em São Paulo


           O Ministério da Educação divulgou nesta quarta-feira (6) as regras para ocupação de bolsas remanescentes do processo seletivo do Programa Universidade para Todos (ProUni) do primeiro semestre deste ano. A portaria foi publicada no “Diário Oficial da União”. Segundo o texto, as bolsas não concedidas a candidatos pré-selecionados no processo regular podem ser concedidas conforme a classificação em processo seletivo da instituição de ensino superior, inclusive vestibular, para turmas iniciadas neste semestre e conforme o desempenho acadêmico, para turmas iniciadas até o último semestre. De acordo com a portaria, terão prioridade na ocupação das bolsas os estudantes que sejam professores da rede pública de ensino matriculados em cursos de licenciatura, normal superior e pedagogia. 

           As universidades são obrigadas, segundo o texto, a divulgar a existência das vagas remanescentes do ProUni em cartazes e em sites na internet. Devem ser divulgados o teor da portaria, o número de bolsas disponíveis em cada curso, turno e local de oferta, a lista dos estudantes inscritos e depois dos aprovados. Os reprovados devem receber documento com a explicação do motivo. A concessão dessas bolsas deverá ser registrada em sistema informatizado do MEC desta quarta-feira (6) até as 23h59 de 12 de abril. As bolsas que ainda restarem deverão ser oferecidas no próximo processo seletivo do programa. Além disso, as instituições deverão arquivar toda a documentação referente ao processo por cinco anos. 

No Brasil, 3,4 milhões de jovens entre 18 e 24 anos não trabalham nem estudam

 Portal UOL Educação, 06/04/2011
No Brasil, 3,4 milhões de jovens entre 18 e 24 anos não trabalham nem estudam
Rafael Targino em São Paulo



           Um estudo do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) mostra que 3,4 milhões de jovens brasileiros entre 18 e 24 não estudam e tampouco trabalham. Isso é mais do que toda a população do Estado do Rio Grande do Norte, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esse contingente representa 14,6% do total de 23,2 milhões de jovens da época referência da pesquisa –baseada na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2008. O estudo foi publicado no começo deste ano no boletim “Na Medida”, disponível no site do Inep. 

           O percentual de jovens “desocupados”, que não estudam e não trabalham, vem se mantendo constante desde 2001 –sempre em torno dos 15%. No entanto, o número dos que não trabalham, mas estudam, vem caindo aos poucos: saiu de 12,6% em 2001 e chegou a 10,5% em 2008. No mesmo período, houve aumento na fatia dos jovens que terminaram o ensino médio, mas não se interessaram pelo ensino superior. No ano-recorte da pesquisa, esse número significa cerca de 1,2 milhão de pessoas. A maioria delas, mulheres: 43,5% das jovens eram casadas e, dentro desse percentual, 68,4% tinham pelo menos um filho. 


           Segundo o Inep, parte da “inatividade” dessas mulheres significa que essa ausência pode ser temporária, já que boa parte dos filhos são pequenos. Entre os homens, o cenário é inverso: quase todos (95%) são solteiros e, desse total, 66% moram com os pais. Para Wanda Engel, superintendente do Instituto Unibanco, um dos problemas é que o ensino médio não se torna interessante para os alunos –e não os estimula a continuar nos estudos. “Numa sociedade agrícola, bastava quatro anos de escolaridade para as novas gerações. Numa sociedade industrial, oito anos. Na moderna sociedade do conhecimento, ou você tem 11 anos ou não tem chance nenhuma”, diz. “Um bom ensino médio garante o passaporte mínimo no mercado de trabalho ou
 continuidade nos estudos.”