quinta-feira, 24 de novembro de 2011

"Etapa Distrital do 39º Congresso da UBES"

Etapa Distrital do 39º Congresso da UBES



         Foi realizada dia 12 de novembro, a etapa distrital do Congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). Evento que sacudiu a calmaria da Faculdade de Educação da UnB e contou com a participação de cerca de 170 estudantes secundaristas de todo o distrito federal.

         A mesa de abertura homenageou os 30 anos de reconstrução da UBES, o ato contou com a presença do diretor da UBES-DF André João Costa, diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE) no Distrito Federal, os presidentes da União dos Estudantes Secundaristas (UESB) de Brasília e da UMES Gama, representantes das teses: Tenho Algo a Dizer, UBES é pra Lutar, Rebele-se e Mutirão, a deputada federal Érica Kokay (PT-DF), Presidente da CTB-DF e Jean Carmo que representou o administrador de Brasília Mesias de Souza.
          Foi debatido temas como a gestão democrática, passe livre irrestrito, 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação. A Proposta da tese Tenho Algo a Dizer(UJS)/Multirão foi aprovada por 62% dos delegados presentes, contra 38% da Tese a UBES é pra lutar(JR e UJR).

                                                      Eleição de Delegados para etapa nacional

16 Tenho Algo a Dizer (UJS)
4 Multirão
7 A UBES é pra Lutar(JR)
4 UJR

          Como não atingimos o números de escolas para o teto máximo, só elegemos o piso de 31 delegados.


Proposta de resolução ao 39º Congresso da UBES – Etapa Distrital


A educação no Distrito Federal se encontra diante de grandes dificuldades. Sua qualidade sofreu vários ataques nos últimos anos, frutos de uma política distante dos interesses do nosso povo e do descaso de antigos governantes com esse bem tão precioso. O que pode ser observado em iniciativas como o remanejamento dos professores de laboratórios, o favorecimento a instituições privadas de ensino e a implementação do programa de “aceleração”, que além de outros absurdos, substitui por aulas em vídeo o contato dos professores com os alunos que mais precisam de acompanhamento. Tais medidas mostram a irresponsabilidade quase criminosa que balizou as ações educacionais no DF nos últimos tempos. Uma lógica que se observou inclusive em outras áreas, como saúde, segurança, transporte e etc.
            Somam-se a isso os problemas históricos que os estudantes enfrentam, como o sucateamento das escolas, bibliotecas e laboratórios mal equipados (quando existem), imenso déficit de professores, quadras esportivas que não atendem nossas necessidades, entre outros. Vale destacar também a atual falta de perspectivas que a juventude brasiliense enfrenta, as escolas técnicas públicas além de contar com graves problemas de estrutura, não conseguem suprir a demanda de formação profissional necessária, obrigando milhares de pessoas a procurar uma alternativa em instituições privadas, que muitas vezes são de qualidade inferior e inacessíveis a grande parte dos jovens, que não podem arcar com as mensalidades. O mesmo acontece no acesso ao nível superior, onde a situação é ainda mais grave por contarmos com apenas uma universidade pública (UnB), que apesar de ter expandido suas vagas recentemente, está absurdamente longe de ser suficiente. Por tudo isso, temos um quadro caótico que exige medidas drásticas e urgentes para que possamos colocar a educação do Distrito Federal no trilho certo.
            Nós estudantes, justamente os maiores prejudicados por todos esses problemas, jamais vamos abaixar a cabeça diante dos desafios. Novas perspectivas se abrem e reivindicações pelas quais lutamos há muito tempo começam a se tornar realidade. A democracia nas escolas, com eleições diretas para diretores se mostra uma possibilidade real em um futuro próximo, o tão sonhado passe-livre, apesar de ainda contar com consideráveis complicações e limitações avança a passos largos na direção do que realmente almejamos, as vagas públicas no ensino superior aumentaram, além de outras conquistas. Tudo isso nos mostra que estamos no caminho certo, mas é pouco. Muito pouco! Os problemas persistem e temos consciência de que resolvê-los não é tarefa fácil, nem a solução será fruto de algumas medidas governamentais. Somente alcançaremos nossos objetivos com muito debate e participação dos estudantes, afinal sabemos muito bem quais são as dificuldades que temos que enfrentar no cotidiano de nossa vida estudantil.
            A fim de nortear as lutas dos estudantes do DF no próximo período, apresentamos a seguir algumas propostas, frutos de diversos encontros, debates e discussões travadas ao longo dos últimos anos, que resultaram num acúmulo que nos permite contribuir de forma decisiva para construir uma educação pública, gratuita e de qualidade, tão almejada por todos:

·         Construção da Universidade do Distrito Federal, com oferecimento de cursos seqüenciais, extensão presente nas grades curriculares radicalizando a democratização do acesso ao ensino superior no Distrito Federal
·         Gestão democrática nas escolas com eleições diretas para diretores, com votos  paritarios,  assim como em todo o sistema educacional do DF;
·         Assegurar a livre organização estudantil, com garantia de espaço físico dentro das escolas;
·         Fortalecimento das bibliotecas comunitárias e escolares, com acervos atualizados e profissionais capacitados, funcionamento nos finais de semana, assegurando o acesso da comunidade;
·         Passe-livre irrestrito, inclusive nos finais-de-semana, onde o jovem possa se formar por inteiro, com acesso a cultura e lazer;
·         Erradicação do analfabetismo no Distrito Federal;
·         Disponibilidade de vagas em creches públicas para todas as crianças que necessitarem;
·         Criação de espaços de lazer adequados e revitalização dos já existentes, como quadras poliesportivas cobertas de modo a possibilitar a prática esportiva,;
·         Aperfeiçoamento e ampliação dos programas que estimulam a contratação de jovens trabalhadores, aproveitando as oportunidades geradas pela nova Cidade Digital;
·         Programa de capacitação profissional de jovens visando à copa de 2014;
·         Incentivos reais a formação continuada dos trabalhadores em educação;
·         Implementar política de assistência estudantil;
·         Implantar uma escola integral realmente eficiente e preocupada com a formação do cidadão;
·         Garantir a construção de uma escola técnica em cada Região Administrativa do DF.




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