> Portal G1, 18/04/2011
Para educadores, participação da comunidade pode diminuir violência
Comissão de Direitos Humanos do Senado debateu a tragédia de Realengo. Onze dias após o massacre de 12 crianças, alunos voltam à escola no Rio
Robson Bonin do G1, em Brasília
Para educadores, participação da comunidade pode diminuir violência
Comissão de Direitos Humanos do Senado debateu a tragédia de Realengo. Onze dias após o massacre de 12 crianças, alunos voltam à escola no Rio
Robson Bonin do G1, em Brasília
No dia em que os alunos da Escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, retomam a rotina, a Comissão de Direitos Humanos do Senado debateu nesta segunda-feira (18) a violência crescente nas instituições de ensino no país. Especialistas de ensino concluíram que a melhor forma de evitar novas tragédias é abrir os portões das escolas brasileiras para a comunidade. No dia 7 de abril o assassino Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, invadiu a escola da Zona Oeste do Rio e tirou a vida de 12 crianças, antes de se matar.
Durante a audiência, que durou pouco mais de três horas, especialistas em psiquiatria, em psicanálise e educadores concordaram que dificultar o acesso às instituições de ensino não seria a melhor forma de lidar com o problema da violência. A comunidade, na avaliação dos educadores, tem uma chance maior de evitar perigos crescentes nas escolas como o bullying, por exemplo, participando ativamente da rotina das instituições de ensino.
Na avaliação dos convidados para a discussão, coordenada pelo presidente da comissão, senado Paulo Paim (PT-RS), a escola é a instituição pública mais democrática do país e, por essa característica, reflete nos seu interior os mesmos problemas ocorridos na sociedade. “Nós não vamos ao hospital, ao posto de saúde todos os dias, nós não vamos à empresa de telefonia todos os dias, mas diariamente as pessoas estão na escola. A escola é o espaço de maior convivência”, avaliou Antônio de Lisboa, representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
O presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Yann Evanovick, criticou a conduta dos representantes políticos que “cultivam o ódio” na sociedade ao abordarem temas relacionados ao racismo e homofobia. Já a diretora do Sindicato dos Professores do Distrito Federal, Rosilene Correa, criticou a onda de medidas desencadeadas na esteira do massacre de Realengo e comemorou o fato de a audiência ter sido marcada antes da tragédia no Rio: “Fiquei muito feliz de saber que essa audiência já estava marcada antes da tragédia ocorrida no Rio. A segurança nas escolas é um tema que precisa ser debatido de forma coletiva sempre.”
O presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo, criticou a forma como a mídia tratou o caso de Realengo. De maneira geral, a exemplo de Geraldo, todos os convidados concordaram que a abordagem da mídia foi “exagerada” e acabou difundindo a ação do assassino de Realengo na sociedade. “A mídia alimenta violência na escola com as coberturas sobre tragédias”, avaliou Lisboa. Passados 11 dias da tragédia, os estudantes da Escola municipal Tasso da Silveira retornam ao local a partir das 13h desta segunda para iniciar o trabalho de readaptação. Nos primeiros dias, a previsão é de que eles participem apenas de atividades lúdicas, como arte-terapia e pintura e poesia, para aliviar o trauma provocado pelo crime. As aulas deverão ser retomadas gradativamente em até três semanas.
Na avaliação dos convidados para a discussão, coordenada pelo presidente da comissão, senado Paulo Paim (PT-RS), a escola é a instituição pública mais democrática do país e, por essa característica, reflete nos seu interior os mesmos problemas ocorridos na sociedade. “Nós não vamos ao hospital, ao posto de saúde todos os dias, nós não vamos à empresa de telefonia todos os dias, mas diariamente as pessoas estão na escola. A escola é o espaço de maior convivência”, avaliou Antônio de Lisboa, representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
O presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Yann Evanovick, criticou a conduta dos representantes políticos que “cultivam o ódio” na sociedade ao abordarem temas relacionados ao racismo e homofobia. Já a diretora do Sindicato dos Professores do Distrito Federal, Rosilene Correa, criticou a onda de medidas desencadeadas na esteira do massacre de Realengo e comemorou o fato de a audiência ter sido marcada antes da tragédia no Rio: “Fiquei muito feliz de saber que essa audiência já estava marcada antes da tragédia ocorrida no Rio. A segurança nas escolas é um tema que precisa ser debatido de forma coletiva sempre.”
O presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo, criticou a forma como a mídia tratou o caso de Realengo. De maneira geral, a exemplo de Geraldo, todos os convidados concordaram que a abordagem da mídia foi “exagerada” e acabou difundindo a ação do assassino de Realengo na sociedade. “A mídia alimenta violência na escola com as coberturas sobre tragédias”, avaliou Lisboa. Passados 11 dias da tragédia, os estudantes da Escola municipal Tasso da Silveira retornam ao local a partir das 13h desta segunda para iniciar o trabalho de readaptação. Nos primeiros dias, a previsão é de que eles participem apenas de atividades lúdicas, como arte-terapia e pintura e poesia, para aliviar o trauma provocado pelo crime. As aulas deverão ser retomadas gradativamente em até três semanas.
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