Etapa Distrital do 39º Congresso da UBES
Foi realizada dia 12 de novembro, a
etapa distrital do Congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas
(UBES). Evento que sacudiu a calmaria da Faculdade de Educação da UnB e contou
com a participação de cerca de 170 estudantes secundaristas de todo o distrito
federal.
A mesa de
abertura homenageou os 30 anos de reconstrução da UBES, o ato contou com a
presença do diretor da UBES-DF André João Costa, diretor da União Nacional dos
Estudantes (UNE) no Distrito Federal, os presidentes da União dos Estudantes
Secundaristas (UESB) de Brasília e da UMES Gama, representantes das teses: Tenho
Algo a Dizer, UBES é pra Lutar, Rebele-se e Mutirão, a deputada federal Érica
Kokay (PT-DF), Presidente da CTB-DF e Jean Carmo que representou o
administrador de Brasília Mesias de Souza.
Foi debatido temas como a gestão democrática, passe livre irrestrito, 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação. A Proposta da tese Tenho Algo a Dizer(UJS)/Multirão foi aprovada por 62% dos delegados presentes, contra 38% da Tese a UBES é pra lutar(JR e UJR).
Foi debatido temas como a gestão democrática, passe livre irrestrito, 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação. A Proposta da tese Tenho Algo a Dizer(UJS)/Multirão foi aprovada por 62% dos delegados presentes, contra 38% da Tese a UBES é pra lutar(JR e UJR).
Eleição de Delegados para etapa
nacional
16
Tenho Algo a Dizer (UJS)
4
Multirão
7
A UBES é pra Lutar(JR)
4
UJR
Como
não atingimos o números de escolas para o teto máximo, só elegemos o piso de 31
delegados.
Proposta
de resolução ao 39º Congresso da UBES – Etapa Distrital
A
educação no Distrito Federal se encontra diante de grandes dificuldades. Sua
qualidade sofreu vários ataques nos últimos anos, frutos de uma política
distante dos interesses do nosso povo e do descaso de antigos governantes com
esse bem tão precioso. O que pode ser observado em iniciativas como o
remanejamento dos professores de laboratórios, o favorecimento a instituições
privadas de ensino e a implementação do programa de “aceleração”, que além de
outros absurdos, substitui por aulas em vídeo o contato dos professores com os
alunos que mais precisam de acompanhamento. Tais medidas mostram a
irresponsabilidade quase criminosa que balizou as ações educacionais no DF nos
últimos tempos. Uma lógica que se observou inclusive em outras áreas, como
saúde, segurança, transporte e etc.
Somam-se
a isso os problemas históricos que os estudantes enfrentam, como o sucateamento
das escolas, bibliotecas e laboratórios mal equipados (quando existem), imenso
déficit de professores, quadras esportivas que não atendem nossas necessidades,
entre outros. Vale destacar também a atual falta de perspectivas que a
juventude brasiliense enfrenta, as escolas técnicas públicas além de contar com
graves problemas de estrutura, não conseguem suprir a demanda de formação
profissional necessária, obrigando milhares de pessoas a procurar uma
alternativa em instituições privadas, que muitas vezes são de qualidade
inferior e inacessíveis a grande parte dos jovens, que não podem arcar com as
mensalidades. O mesmo acontece no acesso ao nível superior, onde a situação é
ainda mais grave por contarmos com apenas uma universidade pública (UnB), que
apesar de ter expandido suas vagas recentemente, está absurdamente longe de ser
suficiente. Por tudo isso, temos um quadro caótico que exige medidas drásticas
e urgentes para que possamos colocar a educação do Distrito Federal no trilho
certo.
Nós estudantes, justamente os
maiores prejudicados por todos esses problemas, jamais vamos abaixar a cabeça
diante dos desafios. Novas perspectivas se abrem e reivindicações pelas quais
lutamos há muito tempo começam a se tornar realidade. A democracia nas escolas,
com eleições diretas para diretores se mostra uma possibilidade real em um
futuro próximo, o tão sonhado passe-livre, apesar de ainda contar com
consideráveis complicações e limitações avança a passos largos na direção do
que realmente almejamos, as vagas públicas no ensino superior aumentaram, além
de outras conquistas. Tudo isso nos mostra que estamos no caminho certo, mas é
pouco. Muito pouco! Os problemas persistem e temos consciência de que
resolvê-los não é tarefa fácil, nem a solução será fruto de algumas medidas
governamentais. Somente alcançaremos nossos objetivos com muito debate e
participação dos estudantes, afinal sabemos muito bem quais são as dificuldades
que temos que enfrentar no cotidiano de nossa vida estudantil.
A fim de nortear as lutas dos
estudantes do DF no próximo período, apresentamos a seguir algumas propostas, frutos
de diversos encontros, debates e discussões travadas ao longo dos últimos anos,
que resultaram num acúmulo que nos permite contribuir de forma decisiva para
construir uma educação pública, gratuita e de qualidade, tão almejada por
todos:
·
Construção
da Universidade do Distrito Federal, com oferecimento de cursos seqüenciais,
extensão presente nas grades curriculares radicalizando a democratização do
acesso ao ensino superior no Distrito Federal
·
Gestão
democrática nas escolas com eleições diretas para diretores, com votos paritarios,
assim como em todo o sistema educacional do DF;
·
Assegurar
a livre organização estudantil, com garantia de espaço físico dentro das
escolas;
·
Fortalecimento
das bibliotecas comunitárias e escolares, com acervos atualizados e
profissionais capacitados, funcionamento nos finais de semana, assegurando o
acesso da comunidade;
·
Passe-livre
irrestrito, inclusive nos finais-de-semana, onde o jovem possa se formar por
inteiro, com acesso a cultura e lazer;
·
Erradicação
do analfabetismo no Distrito Federal;
·
Disponibilidade
de vagas em creches públicas para todas as crianças que necessitarem;
·
Criação
de espaços de lazer adequados e revitalização dos já existentes, como quadras
poliesportivas cobertas de modo a possibilitar a prática esportiva,;
·
Aperfeiçoamento
e ampliação dos programas que estimulam a contratação de jovens trabalhadores,
aproveitando as oportunidades geradas pela nova Cidade Digital;
·
Programa
de capacitação profissional de jovens visando à copa de 2014;
·
Incentivos
reais a formação continuada dos trabalhadores em educação;
·
Implementar
política de assistência estudantil;
·
Implantar
uma escola integral realmente eficiente e preocupada com a formação do cidadão;
·
Garantir
a construção de uma escola técnica em cada Região Administrativa do DF.
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