2ª Conferência do Desenvolvimento
A 2ª Conferência do Desenvolvimento será realizada no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília (DF).
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) há 47 anos pensa e pesquisa o Brasil.
Fundação pública federal vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, o Ipea fornece suporte técnico e institucional às ações governamentais para a formulação e reformulação de políticas públicas e programas de desenvolvimento brasileiros. E tem como missão “produzir, articular e disseminar conhecimento para aperfeiçoar as políticas públicas e contribuir para o planejamento do desenvolvimento brasileiro".
Maior centro de pesquisa econômica aplicada das Américas, o Ipea busca disseminar com governos e sociedade o debate sobre o desenvolvimento econômico brasileiro e estendê-lo para além dos auditórios, salas e fóruns do Instituto. Com este fim, irá realizar-se de 23 a 25 de novembro, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, a 2ª Conferencia do Desenvolvimento – Code/Ipea.
Entrada do Pavilhão de Exposições
George Gianni/SCS-DF
O objetivo é criar um espaço nacional de debates, no coração do Brasil (Brasília), sobre o desenvolvimento, com base na produção aplicada do Ipea, mas fazê-lo de forma aberta a estudantes, profissionais, agentes públicos, estudiosos, pesquisadores, especialistas, professores, legisladores, entre outros.
O debate sobre o desenvolvimento e suas implicações é fundamental no processo de conhecimento e reconhecimento de um país. No caso brasileiro, após anos de estagnação, esse objetivo se faz mais importante ainda.
A Code/Ipea pretende, também, ter um papel pedagógico sobre o que vem a ser desenvolvimento. Parte da Conferência permitirá que a sociedade em geral (de todas as idades), por meio de instalações e projeções, conheça indicadores, pesquisas e modelos de desenvolvimento. Esses modelos serão divididos em sete eixos temáticos para o desenvolvimento, que norteiam o trabalho do Ipea. São eles:
A Code/Ipea terá oficinas de trabalho que contarão com a participação de especialistas em diversos temas vinculados ao desenvolvimento nacional.
Eixos Temáticos
1 – Inserção internacional soberana – Uma nação, para entrar em rota sustentada de desenvolvimento, deve necessariamente dispor de autonomia elevada para decidir acerca de suas políticas internas e também daquelas que envolvem o relacionamento com outros países e povos. Para tanto, deve buscar independência e mobilidade econômica, financeira, política e cultural, visando desenhar sua própria história.
2 – Macroeconomia para o desenvolvimento – O movimento das forças de mercado, por si só, não é capaz de levar economias capitalistas a situações socialmente ótimas de emprego, geração e distribuição de renda. Dessa maneira, o pleno emprego dos fatores produtivos passa a ser possível apenas por um manejo de políticas públicas que articule os diversos atores sociais em torno de um projeto de desenvolvimento nacional sustentável e includente.
3 – Fortalecimento do Estado, das instituições e da democracia – Por mais que a economia e alguns processos sociopolíticos estejam internacionalizados, o Estado-Nação é ainda a principal referência para a regulação das diversas dinâmicas em seu espaço territorial. É imprescindível, então, refletir sobre os arranjos institucionais mais adequados para conjugar Estado, mercado e sociedade em torno de um modelo de desenvolvimento sustentável e includente.
4 – Estrutura tecnoprodutiva integrada e regionalmente articulada – O entendimento de que o desenvolvimento de um país soberano não pode prescindir de uma estrutura produtivo-tecnológica avançada traz como imperativo a valorização da pesquisa e desenvolvimento em C&T. Essa dimensão do desenvolvimento abrange temas de organização produtiva, economia regional, e inclui aspectos referentes à estrutura produtiva e à política de Ciência & Tecnologia, Pesquisa & Desenvolvimento, inovação e competitividade.
5 – Infraestrutura econômica, social e urbana – Nesse eixo, têm destaque a atualização da matriz energética brasileira e a expansão adequada da infraestrutura econômica e social do país. Todos os modais de transportes, fontes energéticas e telecomunicações – e as interconexões existentes entre tais dimensões – complementam o esquadro da infraestrutura econômica e social necessária ao desenvolvimento nacional.
6 – Proteção social, garantia de direitos e geração de oportunidades – Garantir direitos, promover a proteção social e gerar oportunidades de inclusão qualificada são não só objetivos teoricamente possíveis como condição necessária a qualquer projeto nacional de desenvolvimento. Condensado na ideia forte de cidadania, o acesso a esse conjunto de direitos passa a operar como critério para se aferir o grau de desenvolvimento nacional.
7 – Sustentabilidade ambiental – A sustentabilidade ambiental é dimensão transversal inseparável das demais. Biomas de alta relevância devem ser alvo de proteção e de iniciativas estratégicas, e o acesso a água potável e a condições sanitárias adequadas são ativos fundamentais na concepção de desenvolvimento. A gestão da biodiversidade e da biotecnologia se converte em ativo econômico e político à inserção internacional soberana do país.
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