Movimento quer escolas bilíngues
A manifestação em frente ao Ministério da Educação, na semana passada, foi um protesto contra a intenção do governo federal de incluir os portadores de necessidades especiais, como cegos e surdos, em escolas regulares. Uma comissão formada por dirigentes de associações de deficientes visuais foi recebida pelo ministro Fernando Haddad. Em nota, o MEC disse que “o ministro da Educação não pretende encerrar as atividades de nenhuma instituição ou escola destinada aestudantes com deficiência”.
Paulo Vieira, presidente da Associação de Surdos de São Paulo, classificou a reunião como “difícil”. – Não adianta dar um curso de 40 horas de língua de sinais e esperar que os professores consigam receber alunos surdos e ouvintes na mesma sala – defende.
Nidia Regina Sá, participante do movimento e professora da Universidade Federal do Amazonas, pede mudanças no Plano Nacional de Educação. Segundo a acadêmica, termos como escola especial foram banidos do documento. – Eles querem transformar as escolas especiais em centros que prestam atendimento especializado, como fonoaudióloga, o que não é suficiente – afirma Nídia. Segundo o Ministério da Educação, de 2002 a 2010, a inclusão em turmas regulares passou de 110.704 (25%) matrículas para 484.332 (69%) e o número de escolas inclusivas cresceu de 17.164 (8%) para 85.090 (44%), nesse período.
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