quinta-feira, 7 de abril de 2011




BRASÍLIA - Entidades da sociedade civil como o Fórum Religioso Afrobrasileiro do Distrito Federal e Entrono, Federação da Umbanda e Candomblé de Brasília e representantes da União Brasileira dos estudantes secundarista (UBES), entre outras, fizeram um ato na tarde desta quarta-feira, na comissão de Diretos Humanos da Câmara, onde repudiaram as declarações racistas e homofóbicas de Jair Bolsonaro (PP-RJ) e do Pastor Marco Feliciano (PSC-SP). 

           Os protestantes entregaram documentos à presidente da comissão, deputada Manuela D'ávila (PCdoB-RS), e se manifastaram apresentando cartazes com a mensagem "Fora Bolsonaro". No documento eles criticam a postura dos dois parlamentares.
           "O Brasil é um Estado Democrático de Direito, onde o cidadão tem o direito à liberdade de expressão assegurados em nossa constituição. Porém a nenhum cidadão é permitido insultar outro por conta de sua cor, raça, etnia ou credo religioso”, diz o texto, pedindo que se faça valer a lei por crime de racismo.

Manuela D´ávila defende saída de Bolsonaro de comissão
 
           A deputada recebeu o documento e defendeu a saída de Jair Bolsonaro da Comissão de Direitos Humanos.
           - O objetivo final é de que ele (Bolsonaro) seja punido da forma como o Conselho de Ética e Corregedoria decidirem. Pedimos ao partido (PP) que faça outra indicação porque não podemos ter nesta comissão um deputado que não defenda os direitos humanos - afirmou Manuela.
           O presidente da Ubes, Yann Evanovick, afirma que Bolsonaro cometeu um crime e tem que ser punido.
           - A Câmara abriga um deputado que defende a ditadura, é preconceituoso e homofóbico. Não dá pra falar o que quer. Algumas opiniões são crimes, e se ele cometeu esse crime, tem que ser punido - disse.

Ministra dos Direitos Humanos critica declarações racistas e homofóbicas

           A ministra da secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, criticou nesta quarta-feira, sem citar nomes, as declarações homofóbicas e racistas. A ministra argumentou que contra racismo já há uma lei, mas como não existe uma lei específica contra homofobia, muitos se escudam e continuam fazendo discursos homofóbicos. Na opinião da ministra, o país precisa reagir e punir para ser mais digno.
           - Os flagrados que fazem discursos homofóbicos sentem-se livres porque eles (discursos) não produzem efeitos legais. Se mantivermos essa lógica não teremos um Brasil digno de todos nós. Acredito que a Câmara é parte da afirmação de um Brasil sem homofobia, sem racismo - disse a ministra, aplaudida pelo discurso.

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